A internet proporciona uma infinidade de novos canais para distribuição de conteúdos audiovisuais. A produção destes conteúdos acontece de forma descentralizada e também não passa por uma censura do veículo, o que dá margem para que haja possíveis conteúdos inadequados para os usuários da web.
Os youtubers, hoje, são considerados grandes celebridades influenciadoras para os assuntos mais variados, e são assistidos por pessoas de várias idades, sem distinção. Isso tem gerado muitas polêmicas, uma vez que crianças têm assistido a muitos destes conteúdos inapropriados para sua idade. Talvez não por ter cunho sexual, mas porque os conteúdos veiculados têm palavrões ou fazem apologia a homofobia, racismo ou à misoginia. O caso mais recente e polêmico é o do youtuber Julio Cocielo, que fez um post racista, e é assistido por um grande público infantil.
Uma boa reflexão é se apenas a limitação etária dos canais do Youtube seria suficiente para que os conteúdos não chegassem ao público inapropriado, uma vez que o acesso de qualquer pessoa à internet não é limitado pelo canal, mas pela orientação e educação que tem ou recebe. Então, talvez, o que está faltando é uma educação maior das pessoas sobre o que é certo ou coerente, e o que não é. E isso passa pela educação que a pessoa recebe na vida, né? Os canais da internet também são descentralizados e podem ser acessados por qualquer pessoa, da forma mais democrática possível.
Claro que há exageros e condutas duvidosas por parte dos, chamados, creators do Youtube. Mas, quem assisti é um público formado por pessoas. A internet só potencializa o alcance dos conteúdos produzidos, o que traz a tona todos os questionamentos sobre a necessidade de limitação para o acesso a determinados canais. Mas esta censura deveria vir da parte de quem para ser mais eficiente, do canal, de algum Órgão legislador ou, primeiramente, dos pais e responsáveis pelas crianças que assistem à internet? Fica aqui uma sugestão de reflexão para este novo mundo que tende a ser cada vez mais descentralizado. E como lidar com tanta liberdade e acesso na comunicação digital?